A Alergia é uma condição crônica caracterizada por uma resposta exagerada do sistema imunológico a substâncias geralmente inofensivas para a maioria das pessoas. Essas substâncias, conhecidas como alérgenos, podem incluir pólen, ácaros, mofo, pelos de animais, alimentos, medicamentos ou venenos de insetos. Quando uma pessoa alérgica entra em contato com um alérgeno, seu sistema imune o identifica erroneamente como uma ameaça e desencadeia uma reação inflamatória para combatê-lo, resultando em uma ampla gama de sintomas que podem afetar a pele, o sistema respiratório, o trato gastrointestinal e o sistema cardiovascular.
A prevalência das doenças alérgicas tem aumentado significativamente nas últimas décadas em todo o mundo, tornando-se um problema de saúde pública global. Estima-se que cerca de 30-40% da população mundial seja afetada por uma ou mais condições alérgicas. No Brasil, dados da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) indicam que aproximadamente 30% da população brasileira apresenta algum tipo de alergia, sendo a rinite alérgica a mais comum, seguida pela asma e pelas alergias de pele. Essa alta prevalência impacta diretamente a qualidade de vida dos pacientes, afetando o sono, o desempenho escolar e profissional, e as atividades sociais.
É fundamental compreender que a alergia não é uma simples “frescura” ou fraqueza, mas sim uma doença complexa com bases genéticas e ambientais. A predisposição para desenvolver alergias, conhecida como atopia, é frequentemente herdada. O manejo adequado, que inclui um diagnóstico preciso e um plano de tratamento individualizado, é essencial para controlar os sintomas, prevenir complicações graves como a anafilaxia e permitir que os indivíduos levem uma vida normal e saudável.