O Angioedema é uma condição médica caracterizada por um inchaço (edema) rápido e pronunciado que ocorre nas camadas mais profundas da pele, da derme e dos tecidos subcutâneos ou mucosos. Diferentemente da urticária, que afeta a superfície da pele e geralmente causa coceira intensa, o angioedema atinge áreas mais profundas, resultando em um inchaço mais difuso e, frequentemente, acompanhado de dor ou sensação de tensão em vez de prurido. Embora possa ocorrer isoladamente, o angioedema frequentemente coexiste com a urticária, especialmente nas formas de origem alérgica.
A condição pode afetar qualquer parte do corpo, mas é mais comum em áreas com tecido conjuntivo frouxo, como as pálpebras, lábios, língua, mãos, pés e genitais. Uma das manifestações mais perigosas do angioedema é o acometimento da laringe e das vias aéreas superiores, que pode levar à obstrução respiratória e asfixia, configurando uma emergência médica. Compreender a causa subjacente do angioedema é fundamental, pois o tratamento varia drasticamente dependendo do seu mecanismo fisiopatológico.
Epidemiologicamente, o angioedema é relativamente comum em sua forma alérgica (histaminérgica), afetando uma parcela significativa da população em algum momento da vida, muitas vezes associado a gatilhos como alimentos ou medicamentos. Por outro lado, o Angioedema Hereditário (AEH) é uma doença genética rara, com prevalência estimada entre 1:50.000 e 1:150.000 pessoas, caracterizada por crises recorrentes e potencialmente fatais se não diagnosticada e tratada adequadamente. O diagnóstico precoce e a diferenciação entre os tipos de angioedema são cruciais para um manejo eficaz e para a segurança do paciente.